Bate Apanha
Formado em 2016, o BATE APANHA é um
quarteto de Hardcore oriundo de Mogi Mirim/SP. Estes rapazes fazem um som
vigoroso, potente e repleto de força e energia. O VIOLENT NOISE teve a grande
honra de fazer uma breve entrevista com o grupo e conhecer um pouco da
trajetória deles. Aqui nos relatam desde o surgimento da banda até o lançamento
e repercussão do primeiro EP, além de outras curiosidades.
Confiram a entrevista e não deixem de apoiar a banda e nosso
Underground. Maiores detalhes sobre o grupo também podem ser obtidos através do
Facebook oficial.
Como iniciou a ideia do grupo e qual a
formação de vocês atualmente?
Bate
Apanha: A hipótese de
montar a banda começou trocando uma ideia na barbearia do atual baixista, Julio
Skullbarber. Fabiano Monstrão assumiria as guitarras, Julio, a princípio,
tocaria guitarra e Júnior Céu nos vocais. Tudo era despretensioso, uma vez que
cada integrante já tocava em outras bandas e todos tinham conhecimento desses
projetos. A formação na qual iniciamos o grupo teve alterações mesmo antes de
começarem os ensaios, assim eliminamos uma guitarra e optamos em fazer um som
mais Old School com muito peso. Dessa forma, o Djamy Barba (Collapse NR,
GodZilla) assumiu as baquetas e o Juninho (Céu em Chamas) o baixo. Passado
alguns ensaios, o Julio Skullbarber assumiu o baixo e estamos na seguinte
formação até hoje.
Júnior Céu – Vocal, Fabiano Monstrão – Guitarra,
Djamy Barba – Bateria e Julio Skullbarber – Baixo.
Como se deu a escolha do nome?
Bate
Apanha: O nome veio
baseado em uma música do Point of no Return, que é uma banda referência na cena
do Hardcore no Brasil. Esse nome retrata exatamente a situação da população que
hora BATE (trabalha e se esforça para realizar suas conquistas) e quase sempre
APANHA (é roubada, ignorada, humilhada, desrespeitada). É a nossa dura
realidade e vivemos diariamente um ciclo de BATE APANHA.
Quais as principais influências musicais
da banda?
Bate
Apanha: Madball, Terror,
Lionheart, Questions, Biohazard, Sick of it All, Slayer, Point of no Return, Clearview, Bayside Kings,
Institution, Carather, Hatebreed, First Blood, Nueva Etica, Get the Shot,
Krisiun, Heaven Shal lBurn, Otra Salida, etc.
Recentemente vocês lançaram o EP "Respeito, Honra e
Luta". Que resultados este material trouxe para o grupo?
Bate
Apanha: O EP acabou
expandindo o nome da banda para as capitais e o som chegando aos ouvidos de
músicos já consolidados na cena underground e tivemos um feedback muito
positivo de cada um. Fizemos muitas amizades e esperamos, em breve, dividir o
palco com todas essas bandas. Saímos também em uma coletânea internacional -
Hardcore Still Lives 12. Aos poucos estamos conquistando o
espaço no cenário.
Como se dá o processo de composição e criação das
letras?
Bate
Apanha: As letras são
escritas pelo nosso Vocalista Júnior Céu baseadas em situações do cotidiano e
aquelas também que são pouco noticiadas. Queremos dar voz e levantar questões
sociais que ainda são assombrosas no país. O pobre desrespeitado em qualquer
lugar, o negro sofrendo preconceito na rua e no trabalho, o gay levando
porrada, assassinato sem motivo, assalto pelo êxtase, roubalheira na política,
um sistema que corrompe e é corrompido. E quem sempre paga por tudo isso? Somos
nós. As letras retratam um pouco disso e nossa extrema indignação. O processo
da composição fica um pouco mais simples uma vez que cada integrante leva um
riff de guitarra, uma linha de bateria,
um solo de baixo. Há muita conversa durante os ensaios e chegamos em um
consenso em cada composição que, na maioria das vezes, tem a opinião de todos.
Também houve casos do Djamy Barba chegar com um desenho de um som pronto na
cabeça (baixo, guitarra, bateria) e somente passou os riffs para o resto da
banda, e foi só encaixar a letra.
Como vocês enxergam hoje o cenário Hardcore no
Brasil?
Bate
Apanha: Hoje em dia a
cena diminui muito ou foi restringida pelas próprias bandas. Há aquela
politicamente correta, há aquela que bota pra fuder e isso faz crescer aqueles grupinhos
que seguem uma ou outra banda e com isso acabam ignorando a união, gerando
assim um impacto diretamente no cenário. Acho que precisa ter mais respeito sem
que haja preconceito ou um prejulgamento de cada um a respeito de atitudes e
estilos de cada banda. Variar estilos, mudar o line-up, integrar bandas que
estão surgindo com bandas já conhecidas no cenário, isso agrega muito para a
cena e para as bandas que estão começando.
Falem sobre os futuros planos do BATE
APANHA.
Bate
Apanha: Nosso plano, a
curto prazo,é subir cada vez mais nos palcos e conhecer várias bandas do
cenário para fortalecer e agregar na cena. A longo prazo queremos gravar um
Full álbum com novas músicas, mostrando assim o amadurecimento da banda.
Para encerrar nossa conversa, mandem um
recado aos fãs do grupo e apreciadores do Hardcore.
Bate
Apanha: Sigam o BATE
APANHA nas redes sociais, compareçam aos shows undergrounds da sua cidade ou
região, compre os merch das bandas, isso tudo ajuda para que o grupo sobreviva
e a cena fique cada vez mais forte. Existem vários roles de graça e que o
pessoal não comparece, depois reclama que não tem nada pra fazer. Vamos
comparecer aos shows rapaziada, é nui!!!
Fotos: Arquivo da
banda
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