Veneráveis Infames
É com grande
orgulho e satisfação que o VIOLENT NOISE recebe, para uma conversa rápida, os
rapazes do VENERÁVEIS INFAMES, quarteto que faz um som pesado e muito
interessante. O grupo é formado por Rafael (voz/guitarra), Fabricio
(voz/guitarra), Rodrigo (baixo) e Guilherme (bateria/voz). Nesse bate-papo, os
integrantes nos falam a respeito de algumas curiosidades: começo de tudo,
lançamento do último EP, influências e planos futuros.
Confiram a
entrevista e vamos apoiar o nosso Underground. Maiores detalhes também podem
ser obtidos no Facebook Oficial da banda.
Como surgiu a
banda?
Fabricio:
Basicamente da
forma mais clássica: camaradas com influências e objetivos parecidos querendo
fazer um som para se divertirem, decididos a formar uma banda. Conheci o
Rodrigo em uma Rede Social de músicos no final de 2010, começamos a trocar
ideia e ver no que dava. Rafael veio junto e já nos conhecíamos, pois tínhamos
feito umas Jams Sessions anteriormente e compartilhamos influências bem parecidas. Fazia
então, todo sentido o Rafael se juntar a nós. Levou um tempo para começarmos a
trabalhar em nossas músicas para valer. Isso aconteceu em meados de 2012, por
conta da dificuldade de encontrar um batera que realmente combinasse, ou seja,
enfrentamos as mesmas dificuldades que cercam praticamente qualquer banda no
princípio.
Como vocês
classificam o som do VENERÁVEIS INFAMES e quais as bandas que exercem maior
influência na sonoridade do grupo?
Rafael:
Nosso
som pode ser classificado de formas diferentes, dependendo da época, mas
basicamente fazemos Punk Rock. Do mesmo modo, as bandas que nos influenciam
variam com o que cada membro está ouvindo ao compor determinada música... Mas o
que os uniu, desde o início, foi o ideal DIY, sendo Ramones, Nirvana e
Raimundos alguns dos elos da banda.
Expliquem para
nós o conceito do nome.
Rodrigo:
Esse
nome é mais um paradoxo, como você pode ser venerável, se você é infame? Como
se fosse um mar de fogo, saca? É literal mesmo, é o oposto do que alguém pensa
ser verdade.
"O Tempo que
Passou” é o último trabalho de vocês, correto? Como foi fazer este álbum e
quais repercussões ele trouxe para a banda?
Fabricio:
Um processo
natural. Rafael mostrava o “esqueleto” das músicas pela Internet e a banda
trabalhava em cima daquilo nos ensaios até chegar ao resultado que chegou. No
final de 2016, lançamos o EP de forma independente. Música simples, direta e
objetiva. Talvez a falta de experiência da banda em estúdio tenha deixado o
resultado, a meu ver, não tão bom quanto poderia ter ficado, mas como em toda
banda, a experiência e evolução aparecem com o tempo. Em 2017 fizemos uma série
de shows pela região de São Paulo para divulgação desse EP. Até então a banda
tinha feito poucos shows e pelo lançamento desse trabalho colocamos o pé e os
instrumentos na estrada.
Por que cantar em
Português?
Rafael:
Por que não? Ao
compor, quero que o maior número possível de pessoas entenda o que quero dizer.
É uma forma de me expressar, mas também gosto da ideia de “passar uma
mensagem”, ainda que alguma parte das pessoas não tomem isso como principal na
música. É mais fácil cantar em inglês, é uma língua rápida, sonora, mas estamos
no Brasil e fazemos música para brasileiros.
Como vocês
avaliam o cenário Underground no Brasil?
Rafael:
Ainda não viajamos para outras partes do
país, mas no cenário do qual fazemos parte, o “Under-Underground” as coisas não
são fáceis, pois casas de show estão fechando e sofrendo com a falta de
público. Existem muitas bandas boas e que correm atrás, caso de bandas como
Sukinho di 10, Friendship 66 e Rockdalle, que fazem sua correria aqui na região
de Carapicuíba e Osasco. Estão sempre se integrando, organizando seus próprios
eventos e tendo seu som levado a outras partes do país, como o Sukinho di 10,
que recentemente participou do Chicletada, uma coletânea com várias bandas do
Punk Rock Bubblegum (estilo Ramones) do país inteiro.
Quais os planos
futuros?
Rodrigo:
Estamos
em processo de finalização de músicas novas. Vamos estudar o melhor jeito de
lançar esse material, pois não vamos fazer como os dois EPs anteriores: gravar
tudo, mixar e sair distribuindo nas redes. Acho que não soubemos fazer do jeito
certo e, portanto, vamos tentar consultar ajuda especializada no assunto.
Para encerrar
nossa conversa, deixem um recado aos fãs do grupo e aos que ainda não conhecem
a proposta de vocês.
Rafael:
Somos um
espelho daquilo que ocorre ao nosso redor. Nossas músicas falam de sentimentos,
descontentamento, política, entre outros assuntos. Obrigado a todos que seguem
conosco nessa jornada rumo à diversão, que compram nosso merchan e que cantam
nossas músicas nos shows. E deixo aqui um agradecimento especial ao
nosso fã número um, Marco Aurélio - o Marcão (Answer HC, Friendship 66), que
tatuou nossa marca como forma de demonstrar o quanto nossa música representa
para ele.
Foto: Arquivo da banda
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