Amorfo
Misturando
elementos do Crossover, Hardcore, Crust Punk e Thrash Metal, o AMORFO, quarteto
de Diadema, acaba de lançar seu segundo álbum. O VIOLENTE NOISE conversou
rapidamente com Thiago Araújo (Guitarra) e Álvaro Diaz (Bateria) para saber um
pouco mais sobre o grupo. Eles nos falaram a respeito da mudança de formação, a
repercussão do novo álbum, o cenário Underground de Diadema e outras
curiosidades.
Confiram a
entrevista e vamos apoiar a banda e o nosso Underground. Maiores detalhes sobre
o grupo também podem ser obtidos em seu Facebook oficial.
O AMORFO foi
formado em 2015. Como surgiu a ideia de criar o grupo?
Thiago Araújo: No final de 2015 estava conversando com
uns amigos sobre bandas, músicas, artistas e tudo aquilo que é referência para
gente. A partir dessa conversa resolvemos marcar um ensaio para ver o que saía.
Desde o começo a ideia principal sempre foi fazer um som mais pesado. E foi
assim que o Amorfo foi se construindo aos poucos, com algumas pessoas saindo e
com outras chegando para acrescentar.
Em meados de 2016
fechamos nossa primeira formação e conseguimos gravar “Humanidade”, o primeiro
disco, com 9 faixas.
Em 2016 vocês
lançaram o álbum "Humanidade". Em 2018 reaparecem com o álbum
"Prazo Vencido". Como foi a receptividade do público em relação a
este lançamento?
Álvaro Diaz:
Foi do caralho!! Fizemos o lançamento do disco no Container
Pub em Diadema. Vi uma galera que não esperava e foi uma surpresa
agradável. Quando se tem vontade de fazer amizades na cena underground é
possível mantê-las pro resto da vida e, na maioria das vezes, o público é
constituído por músicos, família e amigos, kkkkk. São eles que terminam
acompanhando e eu fico com a opinião deles.
Qual a grande
mudança que vocês sentem ao compararem este último trabalho com o primeiro?
Álvaro
Diaz: Não sei se houve uma grande mudança, mas vamos deixar por
conta da gravação porque o “Humanidade” foi gravado semi ao vivo, terminamos
tudo em um dia, foi rápido e direto. Já o “Prazo Vencido” foi gravado no mesmo
estúdio, no 1100 em Diadema, só que por pista, tudo separado e com tempo, as
gravações duraram semanas, porra de metrônomo e tal kkkkk...
Vamos falar sobre
a arte do álbum. Como se deu a ideia de criação da capa e também do nome do
Full?
Álvaro
Diaz: A
arte da capa foi um presente de um amigo, o Danilo Galdino, e nós na verdade
fizemos uma releitura. O código de barras no dedão do "presunto" me
levou a um supermercado cheio de produtos prontos para serem consumidos, o ser
humano "mais uma vez fazendo merda”, pois se trata como um produto e as autoridades,
sobretudo, são as que mais se lambuzam com ele e como é consumido e
"autoconsumido". Quando bate as botas já não serve, estragou, tem que
jogar fora, o prazo venceu!! E "Que Descanse Em Paz no reino do céu"!
- rs.
Recentemente
vocês tiveram uma troca na formação, correto? O que aconteceu e como está a
formação da banda hoje?
Thiago Araújo: Sim, houve uma troca de baixista. O
Marcos Matsuoka, que gravou o disco “Humanidade”, saiu da banda em abril de
2017 e, temporariamente, o nosso amigo Paulo Pinto assumiu o baixo e chegou a
fazer algumas apresentações com a gente. Em outubro de 2017, o Henrique Lopes
se tornou o mais novo integrante da banda e logo em seguida já entramos em
processo de composição e gravação do disco “Prazo Vencido”.
Álvaro
Diaz: Menos
mal, não aconteceu nada de mais, os antigos integrantes saíram por decisão
própria e o bacana é que mantivemos a amizade numa boa. A chegada do Henrique
no baixo deu uma força fudida na banda, é muito bom tocar com ele, muito tranquilo,
menino do bem, participativo e agita pra caralho, hehehe...
Falem um pouco
sobre o cenário Underground em Diadema.
Thiago Araújo: Diadema sempre foi um lugar bacana, com
um cenário Underground muito bom e isso só tem melhorado com o tempo. Ultimamente
vem aparecendo bastante lugar bom para tocar e também bandas e artistas com
muita qualidade.
Álvaro
Diaz: Eu
estou achando legal pra caramba porque venho conhecendo uma galera gente fina e
bandas muito boas. No Underground não deve ter estrelismo, não combina, uma
banda sozinha não é porra nenhuma, a cena deve ser compartilhada e com amizade
é possível. Somos nós, músicos, que fazemos a festa e o clima também! E quem
sai na chuva é pra se molhar, não?
Tem que "fazer valer a
pena", como diz um amigo.
Vamos encerrar
nosso bate papo e gostaríamos, como tradicionalmente fazemos, que vocês
mandassem um recado aos seguidores do grupo e fãs da música Extrema.
Thiago Araújo: Primeiramente queremos agradecer a todos
os amigos que sempre apoiaram a banda; a nossa parceria com o Studio 1110, que
vem acompanhando nosso trabalho desde o começo.
Álvaro
Diaz: Primeiro quero agradecer a você, Pierre. O teu trampo é
bastante importante pra nós músicos, conte conosco sempre, meus Parabéns!
Gostaria de agradecer a todos que colocam uma atenção especial no Rock
nacional, independentemente do estilo, que os músicos se cuidem, que se
valorizem e que acreditem no som que fazem porque um dia a cena a que
pertencemos vai voltar ao lugar que corresponde. A gente se vê, galera!
Respeito e União.
Fotos: Arquivo da banda
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