Pandemmy
Fechamos o mês de
março com uma entrevista incrível e que irá agradar aos fãs do Metal Extremo.
Realizamos uma breve conversa com Pedro Valença, guitarrista do PANDEMMY,
quarteto de Recife/Pernambuco. O grupo faz um som pesado, rápido, técnico e
traz uma mistura de Death e Thrash Metal. Pedro nos falou um pouco sobre o
começo da banda, as mudanças de formação, o lançamento de um Split e diversos
outros detalhes.
Confiram a
entrevista e apoiem o nosso Underground. Demais detalhes também podem ser
obtidos no Facebook oficial da banda.
Apreciem,
divulguem e prestigiem!
O PANDEMMY foi
formado em 2009. Como foi o início de tudo?
Pedro Valença: Eu tive uma breve experiência em 2008
com um grupo de amigos em uma banda de Thrash chamada MONSTERA. Após sair da banda,
queria tocar algo um pouco mais agressivo, com mais influências de Death Metal.
Juntei uns caras que conheci através da cena local de Recife e fundamos o
PANDEMMY. Desde então foram lançados uma demo, dois EPs, um Single, um Split e
três álbuns oficiais.
Como surgiu o
nome do grupo e quais são as principais influências?
Pedro Valença: PANDEMMY vem de ‘pandemic’ (pandemia),
com a intenção de que nossa música se espalhasse como tal. As influências em
comum dos membros são basicamente as mesmas: CARCASS, SEPULTURA, DEATH,
KREATOR, MEGADETH e TORTURE SQUAD.
Vocês já lançaram
alguns materiais. Dentre eles, o “Obliteration”, um Split com o ABSCENDENT,
banda da Itália. Como aconteceu este lançamento e qual repercussão este
material teve na carreira do grupo?
Pedro Valença: Em 2019 nosso álbum recém lançado,
“Subversive Need”, não estava pronto. Tínhamos lançado um Single em 2018, mas o
caminho até um novo álbum exigiria mais tempo do que imaginávamos, então usamos
algumas músicas que já estavam prontas e, para não lançar um terceiro EP,
achamos que a ideia de um Split Álbum seria válida. Entramos em contato com o ABSCENDENT
após uma busca no Google sobre bandas que
praticam uma sonoridade próxima a nossa (Death/Thrash Metal). A repercussão foi
positiva, muitos elogios e resenhas em alguns sites Italianos dedicados ao
Heavy Metal.
Como está a
formação de vocês hoje e como se encontra a rotina de shows?
Pedro Valença: Eu sou o único membro da formação
inicial e comigo estão Marcelo Santa Fé (baixo), na banda desde 2013, e
Guilherme Silva (vocalista e guitarrista), que está na banda desde 2014. O
baterista Vitor Alves, a princípio, iria gravar o novo álbum como músico
contratado, mas o resultado e o entrosamento foram tão bons que ele se tornou
membro desde o ano passado. Estamos ansiosos para tocar o máximo que pudermos,
entretanto não podemos passar por cima das medidas de precaução contra o
coronavírus. Vamos aguardar passar esse período para iniciar os shows de
divulgação de “Subversive Need”.
Aproveitando a
deixa, vamos falar então do “Subversive Need”, um material bem pesado, rápido e
bastante técnico. Como tem sido a repercussão deste trabalho?
Pedro Valença: Lançamos “Subversive Need” no início de
março e as resenhas e comentários que foram publicados até este momento apontam
como nosso melhor trabalho. Muitos elogios ao vocal de Guilherme Silva e à
produção musical. De fato, conseguimos nosso melhor resultado técnico. Acredito
que o processo de composição e pré-produção foram determinantes, pois tudo foi
bem pensado antes da gravação final. Vamos explorar bastante esse álbum,
confiamos muito no potencial que ele tem.
Vocês também
lançaram um mini-documentário. Fale um pouco sobre a origem e conteúdo deste
material.
Pedro Valença: Em 2019 completamos 10 anos de
atividades ininterruptas. Como forma de comemorar, relançamos nosso primeiro
álbum (“Reflections & Rebellions”) em versão remixada. No período do
lançamento da versão original, a banda estava com muitos conflitos internos e
que resultaram no rompimento daquela formação. Poucos anos depois, com tudo
resolvido entre nós e com os laços de amizades firmados e reforçados, decidimos
contar um pouco dessa experiência. Talvez possa ajudar bandas que estão
iniciando a lidar melhor com esses conflitos.
Quais as maiores
dificuldades que uma banda de Metal Extremo enfrenta no Nordeste?
Pedro Valença: Acredito que a maior dificuldade é a
ausência de locais para show. Um exemplo é a cidade de Campina Grande/PB que
sempre promoveu ótimas bandas, e hoje não possuí casas de shows para eventos de
Heavy Metal como antigamente. O número de produtores na região também diminuiu,
sendo comum ver as bandas organizarem os próprios eventos. O público também
está menor se comparado com o início dos anos 2000. Talvez seja um período de
pouca visibilidade do estilo musical. Apesar dessas dificuldades, há muitas
bandas, das antigas as mais novas, lançando excelentes materiais audiovisuais.
Chegamos ao fim
da nossa breve conversa. O espaço é de vocês. Mandem seu recado aos fãs do
grupo e aos apreciadores do Metal Extremo.
Pedro Valença: Headbangers, apoiem o Metal nacional,
seja nas redes sociais, curtindo, compartilhando e divulgando as bandas locais.
Se puderem, compre algum item do merchandise desses grupos, tudo isso é válido
para a resistência da cena. O momento do país precisa de música subversiva,
contestadora e cheia de fúria. Isso também é o Heavy Metal. Obrigado ao VIOLENT
NOISE pelo espaço.
Fotos: Arquivo da Banda
Comentários