Brainscanner
Nova entrevista
no VIOLENT NOISE. E desta vez conversamos com um grupo que já apareceu em nosso
espaço através de uma resenha. Realizamos uma breve e proveitosa conversa com o
BRAINSCANNER, duo de Stoner Rock de São Paulo que está lançando um clipe do
último trabalho. Neste papo, Ricardo e Alexandre nos relataram algumas
curiosidades sobre o grupo: criação do nome, influências sonoras, materiais
lançados, lançamento do clipe e outros aspectos.
Confiram a
entrevista e apoiem o nosso Underground. Demais detalhes também podem ser
obtidos no Facebook oficial da banda.
Apreciem,
divulguem e prestigiem!
Qual a formação
da banda e como se deu a ideia de criar o BRAINSCANNER?
Ricardo: Eu comecei a BRAINSCANNER em 2016 quando
a banda que eu estava tocando na época estava desandando. No início a idéia era
só gravar um EP mesmo. O João, nosso primeiro baixista e responsável por todo
processo de gravação e mix dos primeiros trabalhos, era meu vizinho. Perguntei
se ele topava gravar umas músicas “tortas” e deu no que deu. Antes mesmo de acabarem
as gravações do nosso primeiro EP eu já tinha escrito mais umas quatro músicas
e pensei: “isso aqui dá pra ir longe”. Pouco depois eu chamei o Alexandre pra
fazer parte. Passamos por algumas tentativas de formações diferentes de lá pra
cá e em determinado momento percebemos que só nós dois já é o suficiente para
fazermos o som que queremos. Atualmente dividimos os vocais e eu cuido das
guitarras e o Alexandre da bateria. Para gravações eu também sou responsável
pelo baixo e ele pelos teclados e synths.
Como surgiu o
nome?
Ricardo: O nome é uma homenagem ao filme
“Brainscan” de 1994. Se você nunca viu esse filme, não perca mais tempo e vá
atrás!
Quais as
influências sonoras?
Ricardo: Dá pra ficar citando bandas que nos
influenciam o dia inteiro, mas a principal é o BEAVER, uma banda holandesa
(infelizmente) muito pouco conhecida. Dentro do Stoner Rock podemos citar
KYUSS, DOZER, THE OBSESSED, MONSTER MAGNET... De fora do Stoner, outras bandas
que nos influenciam bastante são SYSTERS OF MERCY, DEPECHE MODE e HELMET.
Alexandre: FAITH NO MORE, KYUSS, DOWN, ALICE IN
CHAINS.
Quais os
benefícios e dificuldades em ter apenas duas pessoas no grupo?
Alexandre: É muito bom, pois a gente se entende
bem, já nos conhecemos há uma era, aí a sintonia é fácil. Temos dificuldades só
pra reproduzir algumas ideias nossas, seja por ter algum synth, segunda
guitarra ou baixo quando tocamos juntos, mas mesmo assim funciona bem no duo.
Ricardo: Acho que o melhor benefício é o
entrosamento que temos por anos e anos tocando juntos. A dificuldade é que se
nenhum dos dois não pode fazer algo, como uma etapa da gravação ou correr atrás
de algo para um lançamento, não tem mais ninguém para ir atrás.
Quais materiais
vocês já lançaram até o momento?
Ricardo: Temos os EPs “Trilobita” de 2016 e o
“Secret Transmissions” de 2020. Também temos os Singles “Evolver 1986” e
“Phoneutria”, ambos lançados em 2018.
Comente um pouco
sobre o “Secret Transmissions” e a repercussão dele na carreira do grupo.
Alexandre: Foi um trabalho muito legal de fazer e
foi o primeiro que eu gravei aqui em casa. Foi um projeto massa. Foi bem
desafiador de fazer, mas nos divertimos bastante no projeto, piramos em cada
nota gravada.
Ricardo: O mais importante é que fizemos TUDO
neste. Também houve uma resposta melhor: mais plays no Spotify, mais downloads
no Bandcamp... Podemos dizer que está dando certo (risos).
Vocês estão
lançando o clipe da música “Trust No One”, correto? Como se deu a escolha da
música, como foi fazer o clipe e qual a expectativa do grupo com este trabalho?
Ricardo: Eu tive a ideia de fazer o clipe inteiro
como se fosse uma transmissão falhando e achei que a “Trust No One” ia cair
bem. Comecei a editar o vídeo, mas não estava muito satisfeito com como estava
ficando e então larguei mão por um tempo... Como estamos no momento impedidos
de continuar a ensaiar e gravar pela quarentena, eu resolvi retomar o projeto e
acabei terminando bem rápido. Ficamos bem satisfeitos com o resultado final e
já estamos ansiosos para fazer o próximo!
Finalizando nossa
breve conversa, gostaríamos de deixar o espaço aberto a vocês. Por favor,
deixem um recado aos fãs do grupo e da música pesada.
Alexandre: Obrigado pela entrevista, estamos muito
felizes por essa interação e pelo carinho. Aos fãs do Heavy: vocês têm muito
bom gosto (risos). Se tiverem um tempo escutem o nosso som, venham trocar uma
ideia com a gente, com certeza será da hora.
Ricardo: Queria agradecer mais uma vez a VIOLENT
NOISE por todo apoio e espaço que nos deram! Esperamos que gostem do clipe e
saibam que mesmo isolados, estamos dando um jeito de trabalhar no nosso
primeiro álbum. Se você curtiu o que fizemos até aqui, vai curtir o que está
por vir!
Fotos: Arquivo da Banda
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