Invokaos - Entrevista com Alexandre Jansen
Formado em meados de 2017, o INVOKAOS é
um quarteto do ABC/São Paulo que executa um som extremo, potente e bastante
vigoroso. Alexandre Jansen, o guitarrista, concedeu uma rápida entrevista ao
VIOLENT NOISE e nos contou algumas particularidades da banda e falou, inclusive,
sobre os lançamentos que deverão ocorrer em 2018, além de nos detalhar um pouco
mais sobre a trajetória do grupo.
Apreciem!
O INVOKAOS é uma
banda bastante nova. Comentem sobre o início da banda, a ideia da criação e o
surgimento do nome.
Alexandre: A banda teve início em 2017 com Alexandre Jansen (Guitarra)
e Thiago Queiroz (Bateria), para materializar algumas ideias de música que
tínhamos. Logo no início dos ensaios vimos que a junção dos riffs e bateria
aconteciam de uma maneira natural e surpreendente, então houve a necessidade de
encontrar um vocalista, assim achamos o Bruno Bacchiega via rede social, que no
primeiro ensaio já se encaixou ao estilo com a letra e a forma de cantar que a
música pedia. O nome foi criado por todos da banda num brainstorm, onde
surgiram várias ideias como Invocação e Caos e, como queríamos um nome curto,
fizemos uma mistura do nome que ficou INVOKAOS. O conceito é que o caos, por
vez, é necessário para que as coisas andem, para sairmos da mesmice e zona de
conforto que aflige as pessoas, seja no social, político e na vida pessoal.
Vocês
não se prendem a um único estilo. Qual seria, de fato, os estilos que o
INVOKAOS adota?
Alexandre: Os membros possuem
diversas influências: Thrash, Death, Black, Grind, Hardcore, Rock Clássico,
etc. E queremos fazer um som que nos agrade, que possamos escutar em casa, no
carro... Acreditamos que a cena também pede por isso, a união dos estilos,
então nada melhor que unir uma cena musical através da música, andando por
estilos diferentes no álbum ou até mesmo em uma música, inclusive uma das
últimas que fizemos tem uma variação de pelo menos 3 estilos. Portanto definir
um gênero é difícil para algo que não tem uma forma, não nos prendemos a
rótulos, mas podemos dizer que INVOKAOS é uma banda de Rock/Metal.
Como está a formação do grupo hoje?
Alexandre: Hoje a formação é Thiago
Queiroz na bateria, Alexandre Jansen na guitarra, Bruno Bacchiega no vocal e Léo
Bulhões no baixo.
Vocês ainda não lançaram nenhum material. Quais os
planos para futuros lançamentos?
Alexandre: Estamos em produção do
EP que deve sair no primeiro semestre de 2018, e o planejamento é ter o
primeiro Full no segundo semestre.
Como vocês avaliam o cenário do Metal no Brasil?
Alexandre: O Metal está enraizado
no Brasil e, como alguns dizem, é o estilo mais popular do mundo, então a visão
deve ser macro, global, mas existe a necessidade de divulgação e pró-atividade
de pessoas que vivem o estilo, seja público, músico, imprensa, etc. Sempre
temos que divulgar o estilo para as novas gerações, apresentar a energia, o que
faz pensar e isso faz muita falta para a nova geração, pensar, portanto, temos
que provocar a pensarem, questionarem numa época em que a informação pronta vem
muito fácil e dificilmente é contestada. E claro, a união é primordial,
independente da vertente do Metal estamos todos no mesmo barco. Alguns tentam
segregar, e isso só atrapalha a cena.
Quais as maiores dificuldades que as bandas
enfrentam?
Alexandre: Dificuldade
normalmente é financeira. É caro ter música gravada, instrumentos,
equipamentos, dinheiro para ensaio, transporte, material gráfico e até dinheiro
para curtir a noite em que se toca. Até a banda alcançar o nível de receber
cachê que pelo menos empate estes gastos, o caminho é muito longo, mas se
realmente você gosta do que faz e faz um trabalho sério, respeitando todos
envolvidos da cena, é possível. O que tem que ter é respeito e empatia, assim
um ajuda o outro.
Para finalizarmos, deixem um recado para os
seguidores do INVOKAOS.
Alexandre: Fiquem atentos em
nossas redes sociais, compareçam a shows do underground, porque nessa cena quem
sobe ao palco faz o seu melhor, se esforça para agradar, o que muitas vezes não
é visto em shows “grandes”, comprem os materiais das bandas, divulguem mesmo para
quem não é do meio, vamos abrir horizontes.
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