Judas Priest - Firepower
Algumas
bandas, com o passar do tempo e com as experiências acumuladas, parecem também
carregar um peso que pode muitas vezes ser uma espécie de sobrecarga. São casos
de nomes como IRON MAIDEN, METALLICA, KISS e, obviamente, o JUDAS PRIEST. A
cada material lançado, a expectativa e exigência por parte dos fãs se tornam
gigantescas. E no caso do "Firepower", último trabalho destes
britânicos, não é diferente.
Assim
que lançado, o burburinho foi inevitável. Muitos dizem que é o melhor álbum do
ano, outros já o consideram clássico e há aqueles que acham que é apenas um bom
material e nada mais. Isso tudo se dá visto que o JUDAS já lançou tanta coisa
boa, tanto clássico, tanto material original e criativo que é praticamente
impossível não esperar algo que seja, no mínimo, grandioso.
Com 14 composições,
quase uma hora de música e uma arte gráfica que é fabulosa, a nova obra se
destaca por vários fatores: riffs impecáveis e muito bons, solos vigorosos,
vocalizações poderosas, baixo marcante e bateria com peso e força. Muito bem, é
o velho JUDAS dando as caras novamente. Velho, mas com alguns toques
contemporâneos e deixando sua marca registrada. Tem o vigor e a energia do
Metal que muito bem os caracteriza.
E
de cara já impressionam com a faixa título: riffs intensos e a voz potente e
inconfundível de ROB HALFORD. A partir daí tem muita coisa boa: "Evil Never
Dies" é sensacional, tem um solo em que a guitarra chora e traz uma
variação de ritmo em seu decorrer; "Children of the Sun" com seu
refrão delicioso (Children of the Sun, Dying one by one) e andamento um pouco
mais lento, embora pesado; "Guardians", instrumental rápida que
emenda e prepara o clima para a pesada "Rising from Ruins";
"Traitors Gate" tem os riffs perfeitos e mostra o quanto a dupla de
guitarristas está entrosada; "No Surrender", excelente
e furiosa.
Quando
o álbum termina, o caro ouvinte sente que os anos passam, mas a banda, de certa
forma, revigora suas energias e mostra um trabalho que é bem além do bem feito.
Será o melhor álbum do ano? É, de fato, um clássico? Apenas mais um bom álbum
de Metal? Avalie você mesmo. Só uma coisa tenho a acrescentar: JUDAS PRIEST,
por si só, já é um CLÁSSICO.
Nota – 9
Banda: Judas Priest
País de Origem: Inglaterra
Título do álbum: Firepower
Ano: 2018
Estilo: Heavy Metal
Gravadora: Columbia Records
Line-up:
Rob Halford – Vocal
Ian Hill – Baixo
Glenn Tipton – Guitarra
Richie Faulkner – Guitarra
Scott Travis – Bateria
Faixas:
1. Firepower
2. Ligthtning Strike
3. Evil Never Dies
4. Never the Heroes
5. Necromancer
6. Children of the Sun
7. Guardians
8. Rising from Ruins
9. Flame Thrower
10. Spectre
11. Traitors Gate
12. No Surrender
13. Lone Wolf
14. Sea of Red
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